Indiana Jones e a Relíquia do Destino

 Indiana Jones e a Relíquia do Destino (Indiana Jones and the Dial of Destiny) é um filme de 2023, dirigido por James Mangold, que também escreveu o roteiro, em conjunto com Jez Butterworth e John-Henry Butterworth, o filme estrela Harrison Ford no papel mais iconico de sua carreira, além do elenco de apoio de Phoebe Waller-Bridge, Mads Mikkelsen, Thomas Kretschmann, Antonio Banderas e John Rhys-Davies.


O filme tem sua abertura em 1944, no fim da Segunda Guerra Mundial, e Indiana Jones (Harrison Ford) e seu amigo, também arqueólogo Basil Shaw (Toby Jones), que estão em busca da lança que deu o golpe de misericórdia em Cristo, que foi roubada pelos nazistas, junto de outros diversos objetos antigos. Durante a busca eles enfrentam diversos perigos, até entrarem em contato com a Anticítera de Arquimedes, que estava em mãos do cientista nazista  Jürgen Voller (Mads Mikkelsen). Em uma briga a Anticítera  se perde em um lago, mas os nossos heróis conseguem sobreviver. Anos depois, em 1969, Indiana está prestes a se aposentar, agora solitário, sem o amor de sua vida, e sem uma razão para continuar, até que Helena Shaw (Phoebe Waller-Bridge), filha de Basil, aparece colocando o famoso arqueólogo em uma nova grande e perigosa aventura.


Indiana Jones é um personagem que dispensa apresentações, sua trilogia original, que nasce de uma colaboração entre George Lucas e Steven Spielberg são tão icônicas que praticamente moldaram todo o subgênero de filmes de aventuras que foram feitos depois, além de serem 3 filmes tão bons que acabaram por fazer que o quarto filme lançado em 2008, recebesse criticas tão grandes por não chegar ao nível de seus antecessores, mesmo para mim sendo um filme até ok. Agora em seu quinto filme, o arqueólogo mais famoso do cinema não tem na direção e roteiro o seus dois criadores, o que pra mim fez uma falta muito grande quando se trata de cenas marcantes, que são o charme da franquia, até mesmo o filme mais fraco deixou suas contribuições.


Entretanto, a Relíquia do Destino não é um filme de se jogar fora, James Mangold na direção, apesar de não ser um Steve Spielberg, foi bastante competente, e fez o filme de Indiana com mais cara de James Bond entre todos da franquia, vale lembrar que Indiana Jones foi inspirado em 007, e de certa maneira é a versão americana do agente britânico. Apesar de não fazer cenas de ação tão icônicas quanto as dos primeiros filmes, Mangold deu dinâmica para as sequencias de ação, e que ligam muito bem para dar avanço da trama, e com bons momentos de respiro. Além do roteiro para mim ser o mais criativo dentre vários filmes de aventura que a gente ver saindo recentemente, talvez se fosse feito durante a era original dos filmes do Indiana, seria um clássico instantâneo como seus antecessores.


Harrison Ford carrega o filme, e é o motivo para que a gente continue dentro da jornada, Phoebe Waller-Bridge, apesar de ser um personagem bem interresante, não é nada de novo na franquia, sendo apenas uma junção de Marion (sem o interesse romântico) e Beloq, ambos personagens do Caçadores da Arca Perdida, ela ainda tem seu próprio sidekick, feito pelo jovem ator Ethann Isidore, que é a sua versão de Short Round do segundo filme, O Templo da Perdição. Outro estaque em atuações é Mads Mikkelsen, que faz um excelente vilão, inclusive uma coisa que adorei no filme foi terem tocado na questão da "Operação Paperclips" que trouxe cientistas nazistas para trabalharem dentro do governo americano, após a segunda guerra mundial, é até bastante corajoso o filme não esconder esse detalhe esquecido da história dos Estados Unidos.



No geral, o filme é um bom filme de aventura, tem seus méritos, e também seus erros, acaba por parecer mais fraco por se tratar de uma franquia tão grande, e que no geral tem filmes muito bons e que são clássicos do cinema. Vale a pena ver no cinema, principalmente para quem cresceu vendo Indiana Jones, mas sempre nas reprises e nunca teve a oportunidade de ver um lançamento da franquia (meu caso).


Minha Nota: 7,5/10

Imdb: 6,9/10

Rotten Tomatoes: 68% de aprovação de críticos


Cena Marcante:

Não vou dar spoiler, mas todo o terceiro ato é muito interessante, tem uma cena em um avião que eu admito ter me surpreendido bastante no cinema

Vitor Tonetto

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Instagram