O Dragão da Maldade Contra o Santo Guerreiro

O Dragão da Maldade Contra o Santo Guerreiro, filme de 1969, dirigido por Glauber Rocha, que também escreveu o roteiro, estrelando Maurício do Valle, Odete Lara, Othon Bastos, Hugo Carvana e Jofre Soares.

O filme conta a história de uma vila chamada Jardim das Piranhas, cuja ela foi ocupada pelo grupo do cangaceiro Coirano (Lorival Pariz), ao mesmo tempo Antônio das Mortes anda pela caatinga até que chega na vila, porque o Coronel Horácio (Jofre Soares) o contratou para dar um fim em Coirano e seus cangaceiros, assim se dá inicio ao duelo que é chamado de "O Dragão das Maldades x O Santo Guerreiro". Antônio das Mortes consegue derrotar o cangaceiro que fica gravemente ferido, porém após isso ele começa a perceber o verdadeiro inimigo na vila, o Coronel Horácio e seus "puxa-sacos" que mandam e desmandam no vilarejo.


O Dragão da Maldade Contra o Santo Guerreiro é mais um filme nacional do movimento chamado "Cinema Novo", mais uma vez Glauber Rocha inovou nos cinemas brasileiros ao trazer uma história contando a luta de uma vila dominada por um lado de um cangaceiro e de outro lado por um coronel inescrupuloso.

O filme pode ser considerada uma continuação do clássico "Deus e o Diabo na Terra do Sol", pois além de trazer Antônio das Mortes de volta, Dragão da Maldade ainda tem todo o clima e ambientação de um western que já estava presente no clássico de 1965.

Glauber Rocha conseguiu o maior feito de sua carreira com esse filme, sendo vencedor do Festival de Cannes como Melhor Diretor. Além de ter sido selecionado como representante do Brasil para o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro, porém acabou não sendo indicado.

Fora do Brasil o filme foi lançado com o nome de "Antônio das Mortes", sendo inclusive elogiado pelo renomado diretor Martin Scorsese que diz ter visto e adorado o filme quando viu mais novo.

Apesar de para mim estar um pouco abaixo do "Deus e o Diabo na Terra do Sol", ainda assim ele é um filme muito bom, mas deve levar em consideração que é um filme totalmente diferente do que estamos acostumado hoje, por mais que o cinema novo tenha inovado os filmes nacionais, ainda assim eles possuem um ritmo bem mais lento se compado aos recentes.

Uma excelente indicação que deixo para todos os admiradores do cinema nacional.

Minha Nota: 8,5/10
IMDb: 7,2/10
Rotten Tomatoes: Sem avaliação de críticos
                                 74% público

Cena Marcante:
O duelo de facas entre Antonio das Mortes e Coriano no meio do filme, ela é o divisor da trama além de ser uma sequência bem dirigida.

Vitor Tonetto

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