Bonequinha de Luxo

Bonequinha de Luxo (Breakfast at Tiffany's), filme de 1961, dirigido por Blake Edwards, roteiro de George Axelrod, baseado no livro de Truman Capote, estrelado por Audrey Hepburn, George Peppard, Patricia Neal, Mickey Rooney, Buddy Ebsen, Martin Balsam e José Luis de Vilallonga.

O filme conta a história da acompanhante de luxo Holly Golightly (Audrey Hepburn), que vive em Nova York, em um pequeno porém glamouroso apartamento com seu gato (cujo ela não deu nome), Holly tem um passado sofrido, e fugiu para Nova York com o objetivo de ser atriz e casar com um homem rico, ela é sustentada pelo mafioso Sally Tomato (Alan Redd) que paga para ela ir toda semana visita-lo na prisão, até que um dia o escritor Paul Varjak (George Peppard) se muda para o mesmo prédio, apesar de amar escrever, ele não apresenta-se muito confiante em seu trabalho, sendo sustentado pela amante que aparente ser uma mulher mais velha, o modo de vida totalmente controverso fascina Paul que se apaixona por Holly, entretanto todo o desapego da jovem acaba sempre afastando os dois, ainda mais quando ela decide se casar com o rico brasileiro José da Silva Perreira (José Luis de Vilallonga).

Bonequinha de Luxo é um clássico do cinema, que acabou criando um ícone maior que o próprio filme, adaptado do livro homônimo de Truman Capote, o roteiro de George Axelrod alterou bastantes informações do livro, muito provavelmente para adaptar a protagonista com a atriz Audrey Hepburn, as alterações não são poucas, mas ajudaram a amenizar a personagem que era bem mais "adulta", muitas vezes não parecendo ter a classe que a atriz trouxe para a personagem, entretanto essas alterações acabaram por criar um personagem que é basicamente uma das maiores imagens do cinema. Ainda assim eu sugiro a leitura do livro, porém dessa vez eu achei a adaptação melhor.

Audrey Hepburn estrela aquele que é talvez o papel de sua vida (o mais conhecido com toda certeza), no papel da acompanhante de luxo, não só a ótima atuação da atriz que tem um carisma impressionante em tela, como também toda a produção de figurino que ajudaram a criar um personagem atemporal, ajudaram a criar toda a mística envolta da personagem. O visual de Holly é inclusive mais famoso que o filme, A atriz foi indicada ao Oscar pelo filme.





 George Peppard atuando como Paul Varjak funciona muito bem, ele é o personagem que possui um grande arco de transformação durante a trama, e atuação de Peppard contribui bastante.

Um ponto muito forte do filme é a trilha sonora, composta por Henry Mancini, que foi duplamente premiada, com o Oscar de Melhor Trilha Sonora e também por melhor canção Original por "Moon River", música que virou um clássica, tanto que recebeu outras diversas versões como a ótima cantada por Frank Sinatra.

A direção de arte do filme também é muito boa, principalmente em cenários internos como o quarto de Holly que é um charme e conta muito sobre a personagem. O trabalho de Hal Pereira, Roland Anderson, Samuel M. Comer e Ray Moyer foi premiado com a indicação ao Oscar.

O filme não é um clássico atoa, apesar de não ser um filme perfeito ele conseguiu deixar sua marca na história do cinema, sendo um filme muito importante, ainda hoje com mais de 50 anos depois de ter sido lançado, o filme não ficou datado, não é cansativo. 

Minha Nota: 9,0/10
IMDb: 7,7/10
Rotten Tomatoes: 88% críticos
                              93% publico
Cena Marcante:
  A clássica cena em que Paul olha pela janela e assiste a Holly cantando a clássica "Moon River", apesar de preferir a versão instrumental da música (a composta por Henry Mancini do mesmo filme), é inegável que Audrey Hepburn cantou muito bem, fazendo uma versão muito charmosa da música.


Vitor Tonetto

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