O Ciúme (La Jalouise), filme de 2013, dirigido por Philippe Garrel, que escreveu o roteiro junto de Marc Cholodenko, Caroline Deruas-Garrel e Arlette Langmann, estrelando Louis Garrel, Anna Mouglalis, Rebecca Convenant, Olga Milshtein e Esther Garrel.

O filme conta a história de Louis (Louis Garrel), um ator fracassado buscando voltar a atuar, que acabou de se separar de sua esposa Clothilde (Rebecca Convenant), mãe de sua filha Charlotte (Olga Milshtein), a principio, eles tratam a separação de maneira muito natural, porém conforme o tempo vai passando, tudo apresenta ser uma grande encenação, para dar sentido as coisas, Louis começa a se relacionar com Cláudia (Anna Mouglalis), uma atriz também desempregada, eles vão morar juntos em um pequeno apartamento, enquanto enfrentam problemas financeiros, porém a relação deles começa a ter problemas, quando Cláudia se mostra bastante ciumenta, mas em seguida, apesenta ter visões diferentes da de Louis quanto a fidelidade.

O Ciúme é um filme francês dirigido por Philippe Garrel, conhecido por trabalhos autobiográficos, nesse filme, ele conta uma parte de sua infância, em que seu pai se separou da mãe e foi viver com outra mulher, o exercício criado por Garrel serviu para trazer verossimilhança ao filme, tudo em tla parece bastante real, a relação entre os personagens não é forçada, ele conseguiu misturar muito bem a relação de amor e ódio entre os personagens.

Louis Garrel, filho de Philippe estrela o filme no papel de outro Louis, realiza uma ótima atuação, no papel de um jovem pai que decide em fechar uma porta e dar inicio a um novo ciclo de sua vida, diria que ele é o destaque do filme, suas ações durante o filme são bastante rais, provando que não foi escalado para o filme apenas porque era o filho do diretor.

Toda a trama do filme, ocorre enquanto, os personagens estão em "transito" (entrando ou saindo de lugares), parecendo que estão sendo filmados em momentos cotidianos da vida, como disse acima, criando uma sensação de verossimilhança ao filme.

A trilha sonora composta por Jean-Louis Aubert é outro destaque do filme, criando muito bem o ambiente, que mistura da tranquilidade ao ódio. A fotografia toda em preto e branco realizada por Willy Kurant, combinou perfeitamente com a ambientação do filme.

Apesar de tudo, achei que o filme possui uma duração muito curta (apenas 1h12 minutos), acredito que as vezes uns 30 minutos a mais ajudaria a desenvolver mais alguns personagens que acabam esquecidos durante a trama.

Cena Marcante:

A cena em que Louis tem uma conversa com seu antigo professor (Jean Pommier), durante a conversa o professor diz "talvez você entenda mais sobre ficção, do que da vida real", uma frase que achei bastante marcante.